quinta-feira, 26 de junho de 2008


Senhor,

Ó Deus, sois o único Senhor de nossa vida,
de nosso coração e de nosso destino.
Libertai-nos dos falsos senhores que nos iludem com suas promessas,
pois não trazem nem vida nem paz.
Dai-nos força para resistir e para buscar a paz através da
justiça e do serviço humilde a todos.

Fazei-me um instrumento de vossa paz

Senhor, fazei-nos instrumento de vossa paz na
medida em que procurarmos viver em paz com nós mesmos,
com a comunidade mais próxima, com a sociedade desigual
e no meio dos priores conflitos.
Que possamos nos esforçar para suportar
tensões e contradições, buscando manter
comunhão com todas as criaturas e
tornando visível a vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor

Senhor, onde houver ódio, que eu leve o amor.
Fazei que desentranhemos de nós o amor
escondido sob as cinzas de ódios secretos.
Que nosso amor aos outros suscite o amor escondido neles,
capaz de transformar o ódio.
Fazei que o amor incendeie nossos corações,
irradie em nossas atitudes e se realize em nossas ações,
para que o ódio não tenha mais lugar dentro de nós.

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão

Senhor, onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
No dia em que fizerdes o balanço de nossa história,
perdoai os que ofenderam e humilharam nossos irmãos e irmãs,
pois eles também são vossos filhos e filhas.
Mas dai-nos força para nunca fazermos o que eles fizeram.
Antes tornai-nos seres de solidariedade,
de compaixão e de amor ilimitado.

Onde houver discórdia, que eu leve união

Onde há discórdia, que eu leve a união.
Dai-nos sede de justiça, de compreensão e de
tolerância para convivermos jovialmente uns com os outros.
Dai-nos um coração que sinta o pulsar do coração do
universo e de cada criatura, sintonizando com o vosso coração
divino que tudo une, tudo diversifica e tudo faz convergir.

Onde houver dúvida, que eu leve a fé

Senhor, onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Não deixeis que a dúvida apague as estrelas-guias que
iluminam nossa caminhada.
Dai-nos a fé-confiança que nos coloca em vossas mãos.
Concedei-nos a fé-crença em vosso desígnio que
nos quer reunidos em vosso reino junto com toda a criação.

Onde houver erro, que eu leve a verdade

Senhor, onde houver erro, que eu leve a verdade.
Fazei-nos corajosos na descoberta de nossos erros,
especialmente daqueles que encobrem
vossa presença em todas as coisas.
Que a verdade brilhe por nossas palavras sinceras,
por nossos gestos humanizadores, por nossas intenções
puras e por nossa busca permanente de fidelidade à verdade.
Nunca permitais que oprimamos os outros
em nome da verdade religiosa.

Onde houver desespero, que eu leve esperança

Senhor, onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Que eu seja solidário na luta dos que buscam a justiça.
Que saiba criar uma atmosfera de confiança ilimitada
no vosso misterioso projeto de amor.
Que tenha palavras inspiradas para suscitar a esperança
inarredável de vivermos para sempre em vossa casa
com todos os que precederam na história.

Onde houver tristeza, que eu leve alegria

Senhor, onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Fazei que a minha alegria nasça da compaixão sincera pelos que sofrem,
da solidariedade verdadeira com os injustiçados e de
minha própria conversão à fraternidade universal.

Onde houver trevas, que eu leve a luz

Senhor, onde houver trevas, que eu leve a luz.
Vós sois a luz verdadeira que ilumina cada
pessoa que vem a este mundo.
Fazei que eu possa, por palavras inspiradas,
por gestos consoladores e por um coração caloroso,
dissipar as trevas humanas para que vossa luz
nos mostre o caminho e trazer alegria à vida.

Ó Mestre,

Ó Mestre, fazei que em nosso interior ressoe
vossa sabedoria e o exemplo de vossa coerência até a morte.
Que sejamos vossos discípulos fiéis na medida em
que realizarmos o que nos ensinais para sermos
verdadeiramente instrumentos de amor e de paz.

Fazei que eu procure mais consolar, do que ser consolado

Ó Mestre, que eu possa sair da minha própria dor
para escutar o grito de quem sofre ao meu lado.
Que tenha palavras que consolem e gestos
que criem serenidade, entrega confiante e paz profunda.

Fazei que eu procure mais compreender, do que ser compreendido

Fazei que consiga acolher o outro assim como é.
Só assim o compreenderei como quero ser compreendido.
Concedei-me ver o menor sinal de verdade,
de bondade e de amor no outro para
reforçá-lo e permitir que venha à plena luz.

Fazei que eu procure mais amar, que ser amado

Ó Mestre, que eu acolha com generosidade
e alegria o amor que me é dado,
mas que me empenhe sobretudo em fazer
com que os que me cercam se sintam amados.
Fazei que nos sintamos amados por Vós para
experimentarmos a suprema felicidade concedida nesta vida.

Pois é dando que se recebe,

Ó Mestre, fazei-nos entender que dando
generosa e gratuitamente receberemos
também com superabundância tudo o que precisamos.
Que possamos orientar nossa vida pela generosidade
que nos devolverá sempre mais compreensão,
mais acolhida e mais amor.

É perdoando que se é perdoado

Ó mestre, muitas vezes e de muitos modos
nos perdoastes ilimitadamente, como uma Mãe
amorosa perdoa um filho.
Fazei que perdoemos também nós a quem nos tem ofendido.
E que nunca deixemos de crer na
generosidade do coração, capaz de perdoar mesmo
quando injustamente ferido por muitas ofensas.

E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Ó mestre, ensinai-nos a viver de tal forma que
acolhamos a morte como amiga e irmã.
Ela não nos tira a vida, mas nos conduz à fonte de toda vida.
Que possamos perceber na vida terrena
o começo da vida celestial e eterna.